Hoje, mais um vez, procuro a minha harmonia interior como que uma âncora para me poder agarrar, mas olho em redor e encontro uma desordem consentida por todos.
Penso nos valores fundamentais para manter esse equilíbrio, mas vejo que na sociedade são outros os valores que vingam e fazem história. Lembro-me constantemente de coisas como a dedicação, a partilha, a sinceridade, a amizade, o respeito, a humildade, o amor, a verdade, a família, aspectos que sempre estiveram na base da minha educação, mas por outro lado encontro um mundo que transmite e promove o egoísmo, a mentira, a violência, a calúnia, o roubo, a exploração, a falta de respeito, o isolamento, ...
Procuro lembrar-me constantemente dos valores ideais e repudiar os que destroem o interior de cada um e a harmonia de todos.
Tento todos os dias passar esses ideais e formar pessoas capazes de mudar este estado de coisas, mas ao mesmo tempo vejo inúmeras acções à minha volta a desencadear a replicação de comportamentos pouco dignos para a humanidade.
Procuro um equilíbrio interno que me possa dar a lucidez para perceber o que se passa à minha volta, com as pessoas, com os políticos, com os países, com a Natureza, com o futuro da Humanidade e assusto-me.
Encontro famílias destroçadas, pessoas sem tempo para dar amor aos outros, pessoas corruptas que destroem as bases de uma sociedade, indivíduos que exploram a vida dos outros tornando-os escravos em benefício de apenas alguns, pessoas sem emprego e forma de ganhar dinheiro para as suas necessidades básicas enquanto outras acumulam somas extraordinárias sem fazer nada, crianças sozinhas e perdidas entre discussões e horas de televisão a ver programas medíocres e para adultos...
Paro e procuro novamente alento, força para gritar para dentro de mim: é necessário mudar isto; é necessário romper com esta dormência egoísta que não nos leva a lado nenhum enquanto um todo.
É preciso reorientar as prioridades das pessoas e mostrar-lhes que a felicidade e a alegria são possíveis para todos e conseguem-se com coisas simples, começando pela partilha e o amor.
Vejo que não é fácil.... A poeira que se levanta envolve-nos como um manto falsamente quente e fofo que nos impede de ver realmente, agitada por alguns adeptos da desordem e do egoísmo. E vamos ficando imóveis e passivos.
Procuro a minha harmonia interior como que uma âncora para me poder agarrar e consigo encontrá-la após esta breve reflexão. Compreendo que esse equilíbrio interno toma forma acreditando que todos os dias posso fazer um pouco para mudar o que está à minha volta e evitar entrar no sonambulismo em que se encontra a sociedade.
Os últimos acontecimentos dão-me força ao verificar que ainda existe solidariedade, ainda que seja apenas na desgraça e não no dia-a-dia. Quero acreditar que essa solidariedade é verdadeira e real e que se pode generalizar a todos aqueles que sofrem em silêncio e são vítimas deste estado de coisas.
Volto novamente à minha vida na esperança que o amanhã seja diferente.
Nuno Garção
Penso nos valores fundamentais para manter esse equilíbrio, mas vejo que na sociedade são outros os valores que vingam e fazem história. Lembro-me constantemente de coisas como a dedicação, a partilha, a sinceridade, a amizade, o respeito, a humildade, o amor, a verdade, a família, aspectos que sempre estiveram na base da minha educação, mas por outro lado encontro um mundo que transmite e promove o egoísmo, a mentira, a violência, a calúnia, o roubo, a exploração, a falta de respeito, o isolamento, ...
Procuro lembrar-me constantemente dos valores ideais e repudiar os que destroem o interior de cada um e a harmonia de todos.
Tento todos os dias passar esses ideais e formar pessoas capazes de mudar este estado de coisas, mas ao mesmo tempo vejo inúmeras acções à minha volta a desencadear a replicação de comportamentos pouco dignos para a humanidade.
Procuro um equilíbrio interno que me possa dar a lucidez para perceber o que se passa à minha volta, com as pessoas, com os políticos, com os países, com a Natureza, com o futuro da Humanidade e assusto-me.
Encontro famílias destroçadas, pessoas sem tempo para dar amor aos outros, pessoas corruptas que destroem as bases de uma sociedade, indivíduos que exploram a vida dos outros tornando-os escravos em benefício de apenas alguns, pessoas sem emprego e forma de ganhar dinheiro para as suas necessidades básicas enquanto outras acumulam somas extraordinárias sem fazer nada, crianças sozinhas e perdidas entre discussões e horas de televisão a ver programas medíocres e para adultos...
Paro e procuro novamente alento, força para gritar para dentro de mim: é necessário mudar isto; é necessário romper com esta dormência egoísta que não nos leva a lado nenhum enquanto um todo.
É preciso reorientar as prioridades das pessoas e mostrar-lhes que a felicidade e a alegria são possíveis para todos e conseguem-se com coisas simples, começando pela partilha e o amor.
Vejo que não é fácil.... A poeira que se levanta envolve-nos como um manto falsamente quente e fofo que nos impede de ver realmente, agitada por alguns adeptos da desordem e do egoísmo. E vamos ficando imóveis e passivos.
Procuro a minha harmonia interior como que uma âncora para me poder agarrar e consigo encontrá-la após esta breve reflexão. Compreendo que esse equilíbrio interno toma forma acreditando que todos os dias posso fazer um pouco para mudar o que está à minha volta e evitar entrar no sonambulismo em que se encontra a sociedade.
Os últimos acontecimentos dão-me força ao verificar que ainda existe solidariedade, ainda que seja apenas na desgraça e não no dia-a-dia. Quero acreditar que essa solidariedade é verdadeira e real e que se pode generalizar a todos aqueles que sofrem em silêncio e são vítimas deste estado de coisas.
Volto novamente à minha vida na esperança que o amanhã seja diferente.
Nuno Garção
Sem comentários:
Enviar um comentário